quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Gravidez


Engravidar é dos momentos mais bonitos que um ser humano pode experienciar, seja no papel de mãe ou de pai. É o resultado de um projecto muito bem pensado, de um sonho desejado toda uma vida e que finalmente se torna real quando se julga ter chegado a altura certa para a chegada de um novo ser ao seio familiar. Por isso se pode dizer que um bebé antes de vir ao mundo, antes mesmo de ser gerado, já existe no pensamento dos seus papás, sobretudo das mamãs que desde muito cedo projectam este acontecimento, chegando a escolher com vários anos de antecipação os nomes para os seus herdeiros. Não há quem não deseje ter um descendente, alguém com algo de si (o melhor de si preferencialmente), para dar continuidade à espécie. Para além disto, um filho é também, ou deve ser, o resultado do amor de um homem e de uma mulher, a materialização de uma relação que se pretende feliz e se espera duradoira. Parece que a decisão de engravidar, de escolher o momento certo é efectivamente o mais difícil. Quando a ideia se concretiza e o casal descobre que a mulher está grávida, dá-se uma mistura de emoções tão ricas e intensas como a nova fase de vivências que se inicia. A partir do momento da confirmação da gravidez a alegria confunde-se com a ansiedade, o orgulho com o sentimento de responsabilidade, a realização pessoal com o medo de não se ser capaz. Porque uma gravidez implica planificação de actividades, de carreiras, reorganização de ocupações e de tarefas, de vidas. Obriga a múltiplas mudanças, não só no quotidiano dos directamente responsáveis, os pais, mas muitas vezes também de quem os rodeia e que servirá de auxílio quando os progenitores não possam, como avós, tios e padrinhos. Durante o tempo de gestação o casal planeia, prepara, deseja e sonha. Sonha com o bebé e idealiza-o. E o resultado é o que em psicologia se chama: bebé imaginário. Começa a imaginar-se uma criança com traços físicos do pai, características psicológicas da mãe, mas sempre um filho bonito, educado, inteligente e saudável, e vai-se assim construindo a imagem da nova pessoa que vai chegar, com alguma margem de erro, não vá o filho trocar as voltas aos papás e ser a cara da mãe e o feitiozinho do avô paterno. Quando o bebé nasce bonito e saudável e se encaixa nos prognósticos feitos é o culminar do maior dos sonhos, a utopia tornada realidade. No entanto nem sempre este novo e inocente ser, que não pediu para nascer, se enquadra no que foi sonhado para ele, não preenchendo os critérios eleitos pelos progenitores. O choque que então se dá entre o bebé imaginário e o bebé real é por vezes tão violento que impede a natural aceitação por parte dos principais e únicos pilares desta criança indefesa. É para os mesmos considerado um fracasso, não só pessoal como familiar e social, o que origina um sentimento de culpa de tal ordem, responsável por grande parte das patologias associadas à gravidez e ao parto, sendo a mais conhecida de entre todas a depressão pós-parto.

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Sílvia Silva - Psicologa Clinica

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