segunda-feira, 24 de outubro de 2022
Consulta da Ansiedade
Consulta da Ansiedade 🤍 Com um aumento galopante no que se refere ao número de padecentes, o Síndrome do Pânico é um tipo de ansiedade que pode levar a alterações significativamente negativas na rotina diária, assim como na qualidade de vida pessoal e social de quem sofre com esta patologia. Caracterizado por um estado de ansiedade que vai crescendo, este quadro vai em simultâneo tornando-se cada vez mais irracional, por se tratar de fobias ou medos de algo impalpável e invisível. A ansiedade faz parte do ser humano e trata-se de uma reacção biológica a momentos que antecedem perigo real ou hipotético. No entanto quando se vivem episódios de extrema ansiedade, estamos perante situações limite, conhecidas como ataques de pânico. Este síndrome tem geralmente inicio em jovens adultos, sobretudo na faixa etária entre os 25 e os 30 anos e atinge sobretudo as mulheres, em mais 50 por cento que os homens. Sendo considerada uma doença do foro psicológico pela OMS (Organização Mundial de Saúde), tem normalmente a ela associada a depressão, as drogas, o alcoolismo e conclui-se ainda, que os indivíduos que sofrem com transtorno do pânico revelam estatisticamente uma maior incidência nas tentativas de suicídio. As crises de pânico são variáveis na sua duração, podendo manter-se apenas alguns minutos ou horas a fio, e tem como principais sintomas batimentos cardíacos rápidos, sensação de vazio no estômago, contracções musculares, medo de perder o controlo, transpiração e aperto no tórax, para além da sensação de medo intenso e irracional de algo, como a morte imediata por exemplo. Após uma primeira crise sobre a qual aparentemente não se percebe o factor desencadeador, o que muitas vezes acontece é o indivíduo começar a associar o local onde se reproduziu essa crise inicial ao motivo em si. Por exemplo se começa por ter uma crise de pânico num café, sempre que a partir daí se dirigir a um café irá associar esse local ao ataque de pânico, o que pode dar origem a fobia. São chamados os factores externos. Quando por outro lado se sente com alguma sensação corporal estranha que identifique como algo que sentiu aquando de uma crise, isso por si só pode realmente despoletar um ataque de pânico. É o que se considera medo do medo. E são estes últimos os factores internos que podem dar origem a episódios de transtorno. Os indivíduos com este síndrome podem enfrentar estas circunstâncias pontualmente, mas isto também pode acontecer com grande frequência. Nesse caso pode realmente transtornar a vida da pessoa e alterar-lhe as experiencias sociais pela vergonha, estigma social e pelo afastamento que a própria doença promove, resultando de tudo isso um isolamento inicial, que leva ao medo de estar com outras pessoas, em lugares amplos (que não a sua casa, acolhedora e protectora). Por ser uma patologia do foro psicológico ou psiquiátrico necessita imperativamente de tratamento. Assim, quem se encontra nestas condições deve sempre procurar ajuda especializada. O mais aconselhado para situações deste tipo é um acompanhamento específico a nível psicológico, em que o tratamento é feito através de terapia cognitivo-comportamental. Este é um tipo de terapia activa que consiste em traços gerais, em ensinar ao paciente estratégias de respiração entre outras, que o ajudem a aprender a auto-controlar-se. Pode consistir também na exposição gradual e repetida ao elemento fóbico, ou seja, ao que motiva o inicio das crises, para que a habituação crescente à razão do medo, provoque maior conhecimento relativo ao mesmo e o individuo consiga assim expectar esse estado com alguma segurança permitindo-lhe um maior auto-controle, ou não conseguindo antecipar o que o espera, aprenda a lidar com os acontecimentos e encontrar estratégias para resolver os mesmos. Em qualquer dos casos o acompanhamento, psicológico é aconselhado, não devendo por nenhuma razão ser alterado ou interrompido, por daí poder resultar um agravamento da doença.
quinta-feira, 13 de outubro de 2022
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Consulta do luto - 916 594 146 |
Consulta do luto

Todos nós, no percurso das nossas vidas, perdemos algo ou alguém, de que ou de quem gostamos muito. A vida é feita de afectos, de relacionamentos e de amores que, por vezes se iniciam despercebidamente, mas que, o tempo ou a intensidade determinam a força e solidez do elo que nos liga ao outro. Mas nem sempre manter esse amor é possível. Nem sempre manter esse relacionamento depende de nós. Às vezes as pessoas afastam-se, separam-se ou algum dos dois morre, deixando assim um espaço vazio, que nem sempre se está preparado para aceitar. Depois do afastamento dá-se o processo de luto, acompanhado de sensações de tristeza manifestadas através de choro ou apatia, apertos no peito, perca de apetite, ansiedade, cansaço e dificuldades em manter a qualidade do sono...
Leia todo o artigo completo em
https://www.blogger.com/.../258473436.../8923788313476638670
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
A Tarde é Sua - 17 ago 12 | A Tarde é Sua | TVI Player
quarta-feira, 14 de setembro de 2022
quinta-feira, 19 de maio de 2022
quarta-feira, 2 de março de 2022
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022
Encarar os erros
Ninguém gosta de errar. Esta é uma verdade absoluta. No entanto, com o passar do tempo e o aumento da maturidade, começamos a olhar para os erros de outra forma, de uma forma mais tolerante.
Percebemos até que os erros são muitas vezes apenas formas de nos levar para caminhos diferentes daqueles que iriamos se tudo corresse bem à primeira tentativa.
Quando conseguimos atingir estes níveis de consciência e aceitamos os erros como fazendo parte integrante do nosso percurso de vida, estamos aptos para transmitir estes ensinamentos aos nossos filhos, tendo sempre em conta as suas idades e níveis de desenvolvimento.
Costumo usar esta explicação que me parece acessível: o nosso cérebro tem ligações neuronais (estradinhas de neurónios) que se vão multiplicando na medida em que as vamos estimulando. E fazendo a analogia, multiplicamos o conhecimento que temos das várias estradas ou caminhos possíveis para chegarmos ao nosso destino/objectivo, quantas mais vezes errarmos ou, em alternativa, estudarmos o assunto. Se bem que, o conhecimento prático, o de errar no caminho e obrigatoriamente descobrir outro em alternativa, resulta quase sempre num conhecimento muito mais consistente do que aquele em que apenas lemos ou nos instruimos sobre.
Podemos ainda dizer que quanto mais aumentarmos o conhecimento das nossas “estradinhas” figurativas, do nosso pensamento, mais alternativas nós temos caso o caminho que tenhamos decidido percorrer inicialmente nos seja vedado.
Então e como é que multiplicamos, como é que aumentamos essas ligações neuronais que nos vão permitir não termos uma crise de raiva, de choro ou até de pânico quando nos apercebemos que não correu bem à primeira tentativa, à primeira escolha?
A resposta é: trabalhar a nossa resistência à frustração.
Podemos pensar na frustração como paredes ou barreiras, umas mais pequenas que outras, mas todas transponíveis. A lógica é começarmos pelas barreiras mais pequenas e quando já conseguirmos ultrapassa-las sem esforço, irmos aumentando o grau de dificuldade, desafiando-nos a superar aquilo que nem sempre corre como gostaríamos.
Sempre que poupamos à criança uma frustração natural proveniente da consequência de um erro, estamos a impedi-la de criar os seus caminhos alternativos, de ultrapassar barreiras e de aprender a lidar com a frustração e a impossibilita-la de diminuir a resistência à mesma. Em suma, estamos a obstruir o seu crescimento.
O tempo por si só não nos transforma, necessariamente. Aquilo que nos modifica, nos aprimora e nos dá maturidade é o que fazemos durante esse tempo. Proporcionarmos às nossas crianças vivências na sua plenitude, que incluam o experimentar, o errar, o aceitar e o consertar, é o que as fará crescer também e sobretudo por dentro.
Dito isto importa sublinhar de que forma devemos encarar os erros. Antes de tudo olhar para o erro. Percebe-lo. Analisá-lo. Entender porque aconteceu, o que nos levou a errar. Aferir se tivemos força para executar aquele movimento? Se tivemos o conhecimento necessário para desempenhar aquela tarefa? Se estudámos o suficiente sobre o tema? Só assim poderemos evita-lo. Só tendo em conta tudo isto poderemos ajudar e ensinar as nossas crianças a encarar o erro, a aceitá-lo, a interioriza-lo e a utiliza-lo para crescer e aumentar a sua maturidade.
Devemos fazê-lo progressivamente, permitindo à criança explorar, ensaiar.
E quando algo corre menos bem, reagir com naturalidade, explicando que há sempre várias formas de fazer uma mesma coisa e que, se a criança errou é porque não escolheu a melhor, a que mais se adequa à sua pessoa, às suas características, naquele momento e naquele contexto. E que portanto, vão juntos ponderar sobre o que aconteceu, para qua a criança consiga pensar em alternativas.
De realçar ainda que quando o erro e repetido uma e outra vez há que fazer uma pausa reflexiva maior. Erros repetidos e/ou sucessivos devem obrigar a um mais profundo ponto de situação sobre a nossa pessoa, sobre o momento que estamos a viver, sobre o nosso enquadramento e concluir qual é a nossa responsabilidade no que correu mal.
Sílvia Silva - Psicóloga Clínica